quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Abaddon avec Lillith

Faz-me cego e deixa-me respirar os fumos do louro. Dá-me lítio e oxida-me a alma. Enche-me desse fogo astucioso. Quero ouvir o chamado dos Velhos Deuses que morrem no minério e vivem nas nossas cinzas. Quero saber os conhecimentos do reino da morte e conseguir a jóia de Lúcifer, perdida nos atavismos do nosso ser. Quero entrar na candência do corpo cansado e da mente exaltada. Anseio pelo sopro da Serpente e anseio ser invadido pela semente dos caídos.
Quero transgredir o meu barro, recolher do funcho a dádiva de Prometeu e depois descer às colinas ocas dos sith, beber de Urd e esquecer-me. 
Penso humilhar-me em frente à inevitabilidade do fim para começar o que ainda não existe, cumprir o meu wyrd.
Desfaço-me do sal do meu corpo alquímico e bebo do meu sangue-doce. Chamo a minha queda e chamo pelo númen da minha miséria.
Olho para o olho do ciclope e degulo Abel, ele não pode vencer. Sacrifico a cabra e caso o corvo com a lebre.

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