terça-feira, 20 de novembro de 2012

Nonsense Spellworking

3 gramas de cinzas de Salvia.
7 pinhões sem casca, triturados.
25 cl de água do mar.
3 gramas de terra, de preferência argilosa.
3 gramas de cascarilha.

Mistura na ordem apresentada e deixar absorver a luz do luar pela noite dentro.
Diz-me, que utilidade darias a isto?

A prova que todos os elementos, incluindo o espírito, são ingredientes necessários a... well... tudo.
Comprende? Então "hush".

Reencarnar

Por caminhos desalinhados
Me perdi, com dormência.
Uma incapacidade sentida que me tira,
E se tira,
Todos os sentidos que de despertos passam a inertes.

Essa inercia pasmaceira parvalhada paralizante, oh Deus, sensação.
Morro lentamente sem desta passar para melhor, nem pior.
E lá vou eu.
Ou estaria a ir,
Não fosse estar congelado, gelado, criopreservado, nessa berma.

A minha mente, ainda viva, toma noção
desse tempo, filho da puta, que vai passando.
Oh jovem tempo! Duma vez passa e deixa-me em paz!

Até que, em fim desperto, fresco e novo, nova vida.
É agora!
É agora!
Só falta dar o primeiro bafo de vida, esse sopro...

-chorar-
-evacuar-
-mamar-
-urinar-
-chorar-
-dormir-

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Decidi por fim afirmar a ideia que eu tenho sobre o título do meu blog.
Sei que não é muito lido, mas sei que é razoávelmente apreciado.
Tentem acompanhar o meu raciocínio algo caótico...
Versos: algo que me faz pensar na ordem da estrutura de um poema. ao haver tanta ordem, sinto-me preso e controlado pela ordem estabelecida.
Por isso decidi que devia de criar desordem, sem haver nada que seja recorrente na minha escrita.
Pode haver parecenças, temas relacionados, esquema rimático mais utilizado mas nunca, nunca, algo que se possa dizer que é bem feito, pelo menos a 100%.
Daí o motim.
Ou seja, a nessecidade de expelir algo que poderia ser organizado, limpo e bonitinho duma maneira desorganizada.
Le fim.
Esperanças vãs...
Será que elas existem?
Questiono-me.

Procurei a resposta e o que descobri,
Sim, o que descobri,
Foi que não criamos esperanças vãs,
Só criamos esperanças.

Esperanças estas que quando desiludidas
Se tornam vazias,
Se tornam desesperantes,
Se tornam vãs.

Não receies a perda.
Mantem a calma.
Inspira fundo.
Espera.

Impossível saber sem dúvida.
A dúvida protege-nos,
Mas não nos deve controlar.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Descalço-me do quotidiano
Dispo as preocupações
Mergulho no Loch
Nessas águas frias

Vou nadando
Vou mergulhando
Ouvindo o canto dos Shee
Por entre as Brumas

Uns dizem que a Dama aguarda
Que a Dama é eterna
Que a Dama nos guia
Que a Dama nos testa

Mas aqui vou
Fraco e faminto
A procurar conhecer
A procurar o Mundo Antigo

Avalon a lenda
O berço dos imortais
A ilha dos cristais
Onde a Deusa nos aguarda
Como pequenas faíscas
Que em redor estalam
A minha imaginação não falha
A minha paixão não esmorece

Até ao núcleo
Até ao cerne
Embrenho-me no mistério
Procuro a resposta

Pela noite vagueio
De dia espero
Até que o crepúsculo abre
E por mim o segredo aguarda

Sigo o canto da ronan
Embora o tema
Vou para o mar
Nem sempre sou deosil

O Sol?
Lá ficará à minha espera
Como a Lua
Como a eilid

Só espero que quem me vigia
Que quem me guarda
Se mantenha ao meu lado
E me mostre o caminho

domingo, 20 de maio de 2012

Desejei-te todo o dia
Em silêncio esperei
Como uma fera
Como um predador

Outra besta se apoderou da minha presa
Outra besta esteve a satisfazer o seu desejo
Mas eu esperei
Quieto no meu lugar

E então a opurtunidade surgiu
Um momento em que estavas desarmado e a sós
Foi o que me bastou
Foi o que eu desejei

Cacei-te
Comi-te
Tu agradeceste
E desejaste

Juraste ter sido eu o melhor predador da noite
Quiseste ser caçado por mim
Então espera
Terás mais

Eu sou a tempestade

Ventos sopram
Ventos urgem
Com divina força
Eu sou a tempestade

A maré se eleva
As ondas destroiem
Com divino poder
Eu sou a tempestade

O trovão a bramir
Que segue o temido relâmpago
Com divina potência
Eu sou a tempestade

Os céus em trevas
As nuvens que trazem a escuridão
Com divino tremor
Eu sou a tempestade

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Quando pensamos demais na outra pessoa e não pensamos no "nós"

Quem és tu?
És alguém,
Ou és ninguém?
Diz-me.

Se eu te pedir, dás-me o teu mundo?
Se eu quiser, posso dar-te o meu?

És frio e frustrado?
Talvez.

És infeliz e mal-amado?
Talvez.

Mas e nós?
O que somos?

Nem é preciso muito mais...

Morde
Lambe
Beija
Sua

Tens de ser bruto
Tens de ser meigo
Tens de ser um deus
Tens de ser meu

terça-feira, 3 de abril de 2012

Primavera

Verde luxuria.
Espasmos de vida.
Rasgos de alegria por entre fria estação.
Chovosos dias.
Por entre a cor de cheiro forte.
Explodem pontos de doce.
No ar a transbordar o mel,
O doce mel das flores.
Sopros correm por entre cabelos.
Cantos canoros, pilri-pilri.
Voos alucinantes, rasteiros e histéricos.
Cocofonia aviária.
Risos e galanteios.
Almíscar apimentado,
Desejos e discórdias.
Fantasias privativamente óbvias.
Tudo nasce para morrer,
Mas tudo nasceu e está a viver.
O demais não é suficiente.
Esta estação de exageros.

Ao menos faço o meu caminho

Deixamo-nos passear erroneamente
Por essas ruas vazias e frias.
Deixamo-nos vaguear sem norte
Por memórias e sonhos inalcansáveis.

Tropeçamos mas nem vacilamos.
Choramos com o prazer.
Alimentando-nos com o dia-a-dia,
Rotina imutável.

Seguimos o que achamos ser aceite
Sem nunca nos aceitarmos,
Sem conhecer nossa própria essência.
Só o que é, existe.

Em conformidade com o todo,
Nos deixamos nesse grilhão de ignorância.
Tendo como opinião o que ouvimos falar
Sem nos lembrar de procurar.

Porque se sempre assim foi,
Porque deixaria de o ser?
Se assim é bom,
Para quê mudar?

Temos de alcançar as trevas para atingir luz.
Temos de sofrer para conhecer a felicidade.
Nada vejo mas muita dor sinto,
E tu?

sexta-feira, 30 de março de 2012

É para todos sem excepção, nem para mim.

Se por vezes grito,
Se por vezes me deixo ir na fúria,
É porque sinto.
Não sou uma pedra glaciar.
Se por vezes me engano,
Se por vezes cometi erros,
É porque sou humano.
Não há ninguém que não o tenha feito.
Não sou cego.
Não sou estúpido.
Eu vejo.
Eu sei.
Se por vezes assim deixo transparecer,
É porque assim quero que penses.
Não posso errar?
Não posso reagir mal?
Não te posso mandar à merda?
Não posso desejar espetar-te um selo?
Pois claro que não!
Pois só tu o podes fazer!
Pois tu és moralmente correto/a!
Eu não sou nada comparado a ti!
-.-"
Sê humilde!
Vê onde erras!
Aceita que não és superior a ninguém!
Somos todos pó!

segunda-feira, 26 de março de 2012

Ateh, Malkuth, Ve-geborah, Ve-gedulah, Le-olam, Amén.

Arrancas parte de mim
Para teu bel prazer
Despedaças-me o espírito
E invades a minha mente

Defendo-me
Crio defesas e visualizações
Lanço sortilégios e cânticos
Liberto o meu manna

Lam, Mam, Ram, Yam, Ham, Ohm, Aum...
Explodo na tua cara
Rebento com a tua asquerosa fronha
Desfaço a tua vontade

És meu fantoche
Tenho poder sobre ti
Posso matar-te com um sopro
Posso conquistar-te com um sorriso

Sou o poder
Tenho a magia em mim
Sou um semi-deus
Tenho o poder de criar e de destruir

Sou o Senhor das Sombras
Sou prometido ao trono da glória
Sou filho de Gaea
Sou protegido de Ishtar

Mas que faço?
Liberto-te
E depois?
Volta tudo ao normal

Porquê?
Porque sou nobre
Então e o poder?
Prefiro ser feliz

Mas podes ter tudo!
Tenho o suficiente
Mas podes tudo agora!
Já podia...

Sou Luz
Sou Trevas
Yin
Yang

Posso ter poder
Mas sou humilde
Posso ser inteligente
Mas tenho coração

O Pesadelo

Gritos arranham-me a alma,
Histéricos guinchos,
Que me derrubam a coragem.
O medo invade-me.
Perseguido por pesadelos,
Temores e horrores.
Que me arrepiam
E me enchem de suores.
A treva invade-me a mente.
Estou congelado pelo instinto.
Tenho de viver!
Tenho de fugir!
Onde estou?
Para onde vou?
Corro e corro.
Choro e clamo.
E se me ouvirem?
E se me seguirem?
Morrerei rápidamente?
Morrerei tortuosamente?
Quero gritar por socorro,
Mas o grito fica preso,
As minhas pernas escorregam,
O meu corpo paralisa...
Porquê?
Oh, porquê?
Não os vejo,
Mas oiço-os...
Luz, brilhante luz.
O que será?
Abro os olhos...
Acordei.

domingo, 25 de março de 2012

Cìrculo

Num só
Para um só
Para todos
Por todos

Sem fim
Nem princípio
Sem começar
Nem acabar

À volta
Por volta
Em volta
Da volta

Um num
Um no outro
Tudo num
Tudo um só

Do chão ao céu
Do céu de volta
Aqui e ali
Ali e aqui

Eu, tu e outro
Outro, tu e eu
Tu, eu e outro
Outro, eu e tu

Juntos somos poder
Poder somos juntos
Somos poder juntos
Juntos poder somos

Laça, enlaça e dá o nó.
DCJ
DJC
CDJ
CJD
JCD
JDC

Que posso dizer? O amor lamechas também inspira :P

Encontrei-te lá
Perto de mim estavas
Mas tão longe do meu coração
Até que veio a noite
À noite todos os gatos são pardos
Mas tu eras um fenomenal felino
Pois em mim despertaste
Aquela flama que em mim arde
Beijei-te, sim
Segurei tua face e deliciei-me com tua boca
Tu correspondeste
E aí foi o início
Paixão doida e extravagante
Fogo vivo que ardia com loucura
Mas que se transformou
Na mais bela semente
Esta semente agora planto
Para que dela o nosso amor floresça
Para que dela os nossos frutos caiam
Para que nela os nossos corações vivam
Tu que olhas e analisas,
Tu que lês e sentes,
Tu que vês por ver.
Todos vós.

Se reconhecem o que aqui está,
Reconnhecido serei por minha inspiração.
Se assim o não sentirem,
Sinto que assim não o será.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Muito obrigado. Vai à merda.

Meu anjo querubim
Com harpa e flecha.
Porque me matas?
Porque me feres a alma?
Não te deixei voar?
Não te libertei?
Porque voltas tu
Para me atormentar?
Sai da minha frente,
Mas não te esqueças de mim.
Sai do meu coração,
Mas fica comigo.
Quero matar-te,
Mas quero-te vivo.
Quero magoar-te,
Mas ver-te feliz.
Acabou-se,
Mas continuará.
Não quero mais,
Mas quero-te.

domingo, 11 de março de 2012

A sós é a melhor solução

Negro e sombrio.
Trevas, frio.
Tudo o que me rodeia,
Tudo o que me ama,
Tudo o que me odeia.
Nada.
Vazio.
Sem sopro.
Sem sorriso nem calor.
Nada.
Som?
Toque?
Luz?
Nada.
Opressivo e assutador,
A maior benção que poderia pedir.
O melhor refúgio para o meu ser.
Nada.
O nada é,
Loucura sim, mas é
A minha utopia,
A minha fantasia.
Sem dor,
Nem alegria.
Sem depressão,
Nem euforia.
Nada.
Nada.
Nada.
Seria o meu tudo.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Gaea

Os batimentos da terra.
Um som prometido.
A benção do silêncio.
A oferta da concentração.
Sente seu calor,
O seu maternal conforto,
A sua nutrição,
O seu eterno saber.
Ela purifica.
Ela renova.
Mãe do início.
Mãe do fim.
És ignorada,
És maltratada,
Mas continuas a dár-nos o que não merecemos.
Continuas a dar-nos sustento.
Ouve a minha voz nesta hora.
Presta em mim atenção.
Aqui e agora,
Ouve meu coração.
Sou teu filho.
Abraça-me na tua guarida.
Vou amar-te até aos confins.
Minha senhora, sou teu.

quarta-feira, 7 de março de 2012

blah blah blah, nada de jeito.

Estou sem inspiração,
Mas até a falta desta inspira!
Faz-me perguntar:
O que estou a sentir?

Será rancor?
Amor?
Certeza?
Confusão?

Sei lá!
Se soubesse
Estaria a escrever alguma coisa de jeito
Ou talvez, quem sabe...

E acabou.
Eu avisei.

Aqui está, agora és tu.

A séria questão que por minha mente passa
É se esta miséria,
Esta fragilidade de situação,
Me vai derrubar.
Não digo que estou no limbo,
Pois não sou eu quem não decide.
Eu decidi.
Farás o mesmo?
Entreguei minha emoção ao público,
Assumi minha vontade,
Anunciei meus sentimentos,
Revelei-te a minha paixão.
Agora é o teu passo.
Mais não digo.

terça-feira, 6 de março de 2012

Uma primeira repetição?

Um beijo aqui,
Um beijo aculá.
Este sonho já eu vivi.
Um sonho que já não há.

Deixei-me embrulhar no mar.
Nesse oceano de cegueira.
Não vi nem ouvi,
Quem realmente era.

Desilusão e raiva,
São os cacos por mim ignorados.
Como quem ignora a calçada do dia-a-dia,
Pois só o ódio é como fruto dessas memórias.

Agora temo.
Temo deixar-me levar pela mesma estupidez.
Pelo desconhecimento.
E desta vez sair afectado...

Mas a coragem é a minha ventura.
É minha referência de existência.
A minha descontração.
Que me satisfaz o coração.

Nada sei, mas duvido de tudo.

A dúvida instala-se
No momento da ignorância,
No momento da descoberta
E até no momento da certeza.
Se sei o que digo?
Não, nunca o sei ao certo.
Mas sinto o que digo
No palpitar de meu coração.
Não é o sentir das sensações!
Mas o sentir do espírito!
Que grita no meu ego.
E por isto o liberto para o vazio da dúvida.
Tenho dúvidas sobre o meu ser,
Sobre a minha escrita
E sobre a vossa opinião.
Tenho dúvidas para não ter certezas
Pois a certeza existe,
Até deixar de existir.
Substituída por outra certeza
Ou derrubada pela dúvida.
A ilusão não é duvidar.
É ter certeza no que afinal não o é.
Sendo, mesmo assim,
Nas nossas mentes.

sábado, 3 de março de 2012

Temos de voltar a entender a diferença entre narcisismo e auto-estima e entre razão e frieza.

O dever é dever fazer,
É fazer algo condicionado.
Um comportamento com atitudes em conflito,
Do qual o resultado
É nulo.

Liberta-te da ciência.
Dedica-te à emoção.
Pois não é a análise que nos traz amor.
Não é por análise que se consegue paixão.

A filsofia é amar pensar,
Mas amar não é pensar.
Pois o pensamento racionaliza o sentimento
E o amor não é racional.

Se observas o comportamento amoroso
É porque não o encontras em ti,
Pois se em ti o tivesses,
Não terias de observar
Para sentir.

O poema métrico é a escrita racional.
Uma ofensa da parte da ignorância,
Que se faz de intelecto
Para chafurdar na lama,
As fucinheiras dos nobres conhecedores.

Quanto mais pensas saber,
Mais necessidade tens de aprender.
Porque quanto mais aprenderes,
Menos saber pensarás ter.

Só com humildade
É que conseguimos aprender.
De narcisismos não há necessidade.
Vocês, convencidos, vão-se foder.

Viva o amor.
Viva à emoção.
Deixem-se de maestria.
Dediquem-se à eterna aprendizagem.

Para vós dedico este texto.
Para vós, otários.
Porque com vós vomito
E longe de vós sou feliz.

Para o meu querido amigo, o que rege a minha vida. Ele que morra, com muito amor meu.

Desconheço esse sentimento frio que sopras.
Essa repugnância que vomitas sobre os outros,
Desconheço...
Queria acreditar,
Queria tentar,
Mas acima de tudo...
Queria realizar
Essa metamorfose.
Essa tão sonhada metamorfose
Que te transformaria
Na mais divina criatura.
Mas por ora,
És vil e nojento.
Verdadeiramente asqueroso e cheiras a podre.
És pior que morto sem cova,
Pior do que psicopata omnipotente,
Pior que larva da decomposição,
És pior do que um oceano de fezes.
Mas aí estás,
Como se nada fosse.
A brincar com a vida dos outros.
Sim és tu.
Vil traidor,
Pedaço de pus.
Tu, oh Destino
Que me arrancas o fígado todos os dias
E me atormentas por toda a minha existência,
Amo-te.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Meu lema de vida? Descobre.

Que coisa!
Uma vida de caca.
Esta minha vida...

Sempre a mesma coisa...
Esta minha vida...

Filhos duma mãe.
Outras não podiam acontecer.
Desta é demais.
Alguém me ajude?

Yah, eu sei. Mas whatever... vou na mesma

...dasse.
Sabes quando tens aquele sentimento de olhar e fantasiar com algo que pode não ser real?
Quando olhas e fantasias com o demasiado bom?
E depois começas a pensar "nah, nunca vai acontecer... mas queria tanto..." e vais, atiras-te de cabeça e cais no abismo?
E quando estás lá bem no fundo lembras-te "eu sabia que isto ia acontecer, mas fui e atirei-me na mesma...".
Pois... estou na fase do fantasiar e atirar-me de cabeça, embora saiba que vou sair de mãos vazias.
Mas não há do que me preocupar, preocupo-me quando estiver na merda.

Lê e cala-te. Sente o que escrevi e depois esquece. Aproveita o momento.

Saber o que não sei,
É estudar o desconhecido que está ao meu alcance.
Se fosse procurar algo que nunca saberei,
Então sou louco.

Louco, eu?
Sou, sou louco como os comuns
E comuns somos todos.
Sou louco como vocês.

Vocês lêm,
Mas não comentam.
Se comentassem,
Eu seria mais feliz.

A felicidade é irrelevante
Se o que procuras é o pazer,
Porque se procuras a felicidade
É porque não tens prazer

Prazer é ver sem os olhos.
Ver com o corpo, que não é físico.
Esse ser etéreo que flutua pelo todo,
Esse todo que também é o nada.

Esse nada vazio,
Opressivo aos meus sentidos.
Mas divino ao meu pensar,
Esse sentimento de amenizar.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Eu sou, isso eu sei. Mas serei alguém?

Talvez por despeito ao meu ser.
Escolhi viver o que me rodeia.
Com esperanças vãs de valorização.
Porque aquele que colhe, é aquele que semeia.
Espero por redenção divina.
Que ignorância a minha.
Não há importância dada ao pó.
Nem a mais uma folha na vinha.
Olho o sol com o mais verde sentimento.
Pois ele é patrono pagão.
Eu sou um simples borrão.
Neste fartote de movimento.
Lágrimas, não as derrubo.
Mais por vergonha do que por falta de vontade.
Pois no carisma, não sou majestade.
Sou para os terrenos adubo.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

MERMO MERMO MERMO MERMO MERMO

MERMO??
Só para ti C.QUEENofHEARTS

Exijo uma coisa... que seja amado por quem amo.

Promessas e juras suspiras.
Sopradas ao vento e ao ouvido.
"Meu querido, meu querido".
Tudo mentiras!

Muito amor e exibição.
A constante paixão.
Para depois ser despejado.
Como um bicho indesejado.

Por outros ouvi dizer.
Que mais não me querias ter.
Pois num instante e à distância.
Te cuspi, na mais asquerosa constância.

Xô! XD

Conheci a morte, dei-lhe os bons dias e virei-lhe as costas.

Enchente como tal não vi.
Que me derrubou da nau da vontade.
Numa onda sem comparar ao que vivi.
Que é esta tempestade?
Uns dizem-me ser destino.
Talvez.
Mas eu sei o que é.
Logo vês.
Foi o olhar fulminante da certeza.
A certeza de que não sou imortal.
Que deitou por terra a minha incerteza.
Aprendi que sou mortal.
Outrora fui a muralha indestrutível.
Impossível de superar.
Lembrar que sou invisível.
Indivisível do que sobrar.
Do pó vim...
Ao pó voltarei.
Mas sei.
Conheço o meu fim.
Abra a cova.
Seja meu carrasco.
Nessa abertura nova,
Entrarei sem asco.
Medo?
Desconheço.
Mas sei, sim sei.
Que assim o mereço.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Adeus, que nunca sejas feliz comigo.

Desperta o horizonte do teu mais desconhecido lugar.
Pois dele irás partir.
Sim, em verdade poderás em breve voar.
Mas descontrai no teu voo que te faz rir.

Esse gargalhar que tanta tristeza me traz.
Por saber que para mim não será lançado.
Mas a tua alegria já me satisfaz.
Pois assim sei que nem tudo foi imaginado.

Mas enfim, vem por fim.
Abre tuas asas ao sabor da vontade.
Que nada te prenda, meu querubim.
Que nada te seja turbulência ou tempestade.