quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Despertar para mais um dia... caganda seca

Ergo-me ao despontar outra hora
Na hora de despertar
Desço as escadas
Baixas mas de tão prelongado caminho
Assim ditei ao largar o abraço de Morpheu

Refrigério busco no calor da água
No aroma dos banhos que imnesos se foram
Devaneio em cogitações e na memória
Relembro sonhos e pesadelos

Nutro meu corpo físico
Visto que o etéreo se encontra restabelecido
Sabores e texturas
Quente e frio
Tudo o que faça meu palato saltar
Em plena alegria nesta harmonia

Tomo coragem e faço os finais preparativos
Revejo meus pertences que comigo levo
Outra e outra vez
Até assumir que nada deixo para trás

Inspiro fundo
Enfrento a entrada deste meu ninho
Enfrento o frio
Dou os bons dias ao Sol tímido
Ou Senhor do topo do céu
Dependendo da hora...

domingo, 6 de janeiro de 2013

João Moreira

Em tempos vazios,
De calor e liberdade,
Nos braços de Baco,
E à deriva na realidade.
 
Viste-me.
Eu te vi.
Ligámo-nos.
 
Afrodite uniu-nos,
Para, seguidamente,
O meu coração trair os seus propósitos.
 
Deus nenhum,
Nem tu,
Me segurou.
 
Por ora
Fica a memória
De quem eu era
E em quem me tornaste.
 
Amo-te,
Abraço quente.
Abraço compreensivo.
Abraço que perdoou.
 
Mais uma vez,
Uma outra vez,
Sangraste por minha falha,
Por minha ignonímia.
 
Até mais ver,
Senão nesta,
Na outra vida.
 
Esperarei por ti,
Para sempre.
Amigo d'alma.

Tão bom, tão desprovido de razão.

Foi-me dito
E foi-me jurado,
Que tal não existe,
Tal como fado.
 
Foi-me ensinado
Que a paixão fulminante,
Deslumbrante,
Fervilhante,
Emocionante,
Nada mais era do que isso.
 
Pois então,
Oh ignóbeis mestres,
Expliquem-me o porquê.
Dêem-me a verdadeira razão
Porque foi rompida a alma,
Corrompida,
Carcomida.
 
Procurei relações,
Encontrei corações,
Inteiras constelações
De desvairadas emoções.
 
Fiz por tudo,
Fiz para resistir,
Mas meu corpo,
Esse, fez-me desistir.
 
Entreguei-me,
Marquei-me,
E aguardo.
 
Traí e senti,
Um sentimento profundo.
 
Contos-de-fadas,
Simples fantasias...
Mentira!
É bem real.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Prazer que talvez não retorne a ter.

Erros repetidos,
Não são aprendidos...
 
Deixei-me levar pela canção duma promessa,
Promessa essa verdadeira,
De prazer e incêndio.
Queimei-me.
 
Toquei com sinceridade.
Amei com prazer.
Suei com dolorosa loucura.
 
Pasmei perante o quão pouco,
Pois fizeste pouco.
Mas pareceu imenso.
 
Mas desprezaste-e e ignoraste-me.
Estou ferido.
Este ego de ferro,
Derretido.
 
Abraço-me com medo
De me desdobrar,
Nas partículas que em mim
se desfazem.
 
Não faz sentido...
 
Sou aquele que toca e é correspondido,
sempre!
Mas não desta vez.
Quem és tu?
 
Desprezível ser que me mostraste,
De modo rude e sem classe,
Que não sou invulnerável.
Que nem tudo posso.
 
Arrancaste-me da ilusão,
Sua besta deliciosa.