sexta-feira, 30 de março de 2012

É para todos sem excepção, nem para mim.

Se por vezes grito,
Se por vezes me deixo ir na fúria,
É porque sinto.
Não sou uma pedra glaciar.
Se por vezes me engano,
Se por vezes cometi erros,
É porque sou humano.
Não há ninguém que não o tenha feito.
Não sou cego.
Não sou estúpido.
Eu vejo.
Eu sei.
Se por vezes assim deixo transparecer,
É porque assim quero que penses.
Não posso errar?
Não posso reagir mal?
Não te posso mandar à merda?
Não posso desejar espetar-te um selo?
Pois claro que não!
Pois só tu o podes fazer!
Pois tu és moralmente correto/a!
Eu não sou nada comparado a ti!
-.-"
Sê humilde!
Vê onde erras!
Aceita que não és superior a ninguém!
Somos todos pó!

segunda-feira, 26 de março de 2012

Ateh, Malkuth, Ve-geborah, Ve-gedulah, Le-olam, Amén.

Arrancas parte de mim
Para teu bel prazer
Despedaças-me o espírito
E invades a minha mente

Defendo-me
Crio defesas e visualizações
Lanço sortilégios e cânticos
Liberto o meu manna

Lam, Mam, Ram, Yam, Ham, Ohm, Aum...
Explodo na tua cara
Rebento com a tua asquerosa fronha
Desfaço a tua vontade

És meu fantoche
Tenho poder sobre ti
Posso matar-te com um sopro
Posso conquistar-te com um sorriso

Sou o poder
Tenho a magia em mim
Sou um semi-deus
Tenho o poder de criar e de destruir

Sou o Senhor das Sombras
Sou prometido ao trono da glória
Sou filho de Gaea
Sou protegido de Ishtar

Mas que faço?
Liberto-te
E depois?
Volta tudo ao normal

Porquê?
Porque sou nobre
Então e o poder?
Prefiro ser feliz

Mas podes ter tudo!
Tenho o suficiente
Mas podes tudo agora!
Já podia...

Sou Luz
Sou Trevas
Yin
Yang

Posso ter poder
Mas sou humilde
Posso ser inteligente
Mas tenho coração

O Pesadelo

Gritos arranham-me a alma,
Histéricos guinchos,
Que me derrubam a coragem.
O medo invade-me.
Perseguido por pesadelos,
Temores e horrores.
Que me arrepiam
E me enchem de suores.
A treva invade-me a mente.
Estou congelado pelo instinto.
Tenho de viver!
Tenho de fugir!
Onde estou?
Para onde vou?
Corro e corro.
Choro e clamo.
E se me ouvirem?
E se me seguirem?
Morrerei rápidamente?
Morrerei tortuosamente?
Quero gritar por socorro,
Mas o grito fica preso,
As minhas pernas escorregam,
O meu corpo paralisa...
Porquê?
Oh, porquê?
Não os vejo,
Mas oiço-os...
Luz, brilhante luz.
O que será?
Abro os olhos...
Acordei.

domingo, 25 de março de 2012

Cìrculo

Num só
Para um só
Para todos
Por todos

Sem fim
Nem princípio
Sem começar
Nem acabar

À volta
Por volta
Em volta
Da volta

Um num
Um no outro
Tudo num
Tudo um só

Do chão ao céu
Do céu de volta
Aqui e ali
Ali e aqui

Eu, tu e outro
Outro, tu e eu
Tu, eu e outro
Outro, eu e tu

Juntos somos poder
Poder somos juntos
Somos poder juntos
Juntos poder somos

Laça, enlaça e dá o nó.
DCJ
DJC
CDJ
CJD
JCD
JDC

Que posso dizer? O amor lamechas também inspira :P

Encontrei-te lá
Perto de mim estavas
Mas tão longe do meu coração
Até que veio a noite
À noite todos os gatos são pardos
Mas tu eras um fenomenal felino
Pois em mim despertaste
Aquela flama que em mim arde
Beijei-te, sim
Segurei tua face e deliciei-me com tua boca
Tu correspondeste
E aí foi o início
Paixão doida e extravagante
Fogo vivo que ardia com loucura
Mas que se transformou
Na mais bela semente
Esta semente agora planto
Para que dela o nosso amor floresça
Para que dela os nossos frutos caiam
Para que nela os nossos corações vivam
Tu que olhas e analisas,
Tu que lês e sentes,
Tu que vês por ver.
Todos vós.

Se reconhecem o que aqui está,
Reconnhecido serei por minha inspiração.
Se assim o não sentirem,
Sinto que assim não o será.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Muito obrigado. Vai à merda.

Meu anjo querubim
Com harpa e flecha.
Porque me matas?
Porque me feres a alma?
Não te deixei voar?
Não te libertei?
Porque voltas tu
Para me atormentar?
Sai da minha frente,
Mas não te esqueças de mim.
Sai do meu coração,
Mas fica comigo.
Quero matar-te,
Mas quero-te vivo.
Quero magoar-te,
Mas ver-te feliz.
Acabou-se,
Mas continuará.
Não quero mais,
Mas quero-te.

domingo, 11 de março de 2012

A sós é a melhor solução

Negro e sombrio.
Trevas, frio.
Tudo o que me rodeia,
Tudo o que me ama,
Tudo o que me odeia.
Nada.
Vazio.
Sem sopro.
Sem sorriso nem calor.
Nada.
Som?
Toque?
Luz?
Nada.
Opressivo e assutador,
A maior benção que poderia pedir.
O melhor refúgio para o meu ser.
Nada.
O nada é,
Loucura sim, mas é
A minha utopia,
A minha fantasia.
Sem dor,
Nem alegria.
Sem depressão,
Nem euforia.
Nada.
Nada.
Nada.
Seria o meu tudo.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Gaea

Os batimentos da terra.
Um som prometido.
A benção do silêncio.
A oferta da concentração.
Sente seu calor,
O seu maternal conforto,
A sua nutrição,
O seu eterno saber.
Ela purifica.
Ela renova.
Mãe do início.
Mãe do fim.
És ignorada,
És maltratada,
Mas continuas a dár-nos o que não merecemos.
Continuas a dar-nos sustento.
Ouve a minha voz nesta hora.
Presta em mim atenção.
Aqui e agora,
Ouve meu coração.
Sou teu filho.
Abraça-me na tua guarida.
Vou amar-te até aos confins.
Minha senhora, sou teu.

quarta-feira, 7 de março de 2012

blah blah blah, nada de jeito.

Estou sem inspiração,
Mas até a falta desta inspira!
Faz-me perguntar:
O que estou a sentir?

Será rancor?
Amor?
Certeza?
Confusão?

Sei lá!
Se soubesse
Estaria a escrever alguma coisa de jeito
Ou talvez, quem sabe...

E acabou.
Eu avisei.

Aqui está, agora és tu.

A séria questão que por minha mente passa
É se esta miséria,
Esta fragilidade de situação,
Me vai derrubar.
Não digo que estou no limbo,
Pois não sou eu quem não decide.
Eu decidi.
Farás o mesmo?
Entreguei minha emoção ao público,
Assumi minha vontade,
Anunciei meus sentimentos,
Revelei-te a minha paixão.
Agora é o teu passo.
Mais não digo.

terça-feira, 6 de março de 2012

Uma primeira repetição?

Um beijo aqui,
Um beijo aculá.
Este sonho já eu vivi.
Um sonho que já não há.

Deixei-me embrulhar no mar.
Nesse oceano de cegueira.
Não vi nem ouvi,
Quem realmente era.

Desilusão e raiva,
São os cacos por mim ignorados.
Como quem ignora a calçada do dia-a-dia,
Pois só o ódio é como fruto dessas memórias.

Agora temo.
Temo deixar-me levar pela mesma estupidez.
Pelo desconhecimento.
E desta vez sair afectado...

Mas a coragem é a minha ventura.
É minha referência de existência.
A minha descontração.
Que me satisfaz o coração.

Nada sei, mas duvido de tudo.

A dúvida instala-se
No momento da ignorância,
No momento da descoberta
E até no momento da certeza.
Se sei o que digo?
Não, nunca o sei ao certo.
Mas sinto o que digo
No palpitar de meu coração.
Não é o sentir das sensações!
Mas o sentir do espírito!
Que grita no meu ego.
E por isto o liberto para o vazio da dúvida.
Tenho dúvidas sobre o meu ser,
Sobre a minha escrita
E sobre a vossa opinião.
Tenho dúvidas para não ter certezas
Pois a certeza existe,
Até deixar de existir.
Substituída por outra certeza
Ou derrubada pela dúvida.
A ilusão não é duvidar.
É ter certeza no que afinal não o é.
Sendo, mesmo assim,
Nas nossas mentes.

sábado, 3 de março de 2012

Temos de voltar a entender a diferença entre narcisismo e auto-estima e entre razão e frieza.

O dever é dever fazer,
É fazer algo condicionado.
Um comportamento com atitudes em conflito,
Do qual o resultado
É nulo.

Liberta-te da ciência.
Dedica-te à emoção.
Pois não é a análise que nos traz amor.
Não é por análise que se consegue paixão.

A filsofia é amar pensar,
Mas amar não é pensar.
Pois o pensamento racionaliza o sentimento
E o amor não é racional.

Se observas o comportamento amoroso
É porque não o encontras em ti,
Pois se em ti o tivesses,
Não terias de observar
Para sentir.

O poema métrico é a escrita racional.
Uma ofensa da parte da ignorância,
Que se faz de intelecto
Para chafurdar na lama,
As fucinheiras dos nobres conhecedores.

Quanto mais pensas saber,
Mais necessidade tens de aprender.
Porque quanto mais aprenderes,
Menos saber pensarás ter.

Só com humildade
É que conseguimos aprender.
De narcisismos não há necessidade.
Vocês, convencidos, vão-se foder.

Viva o amor.
Viva à emoção.
Deixem-se de maestria.
Dediquem-se à eterna aprendizagem.

Para vós dedico este texto.
Para vós, otários.
Porque com vós vomito
E longe de vós sou feliz.

Para o meu querido amigo, o que rege a minha vida. Ele que morra, com muito amor meu.

Desconheço esse sentimento frio que sopras.
Essa repugnância que vomitas sobre os outros,
Desconheço...
Queria acreditar,
Queria tentar,
Mas acima de tudo...
Queria realizar
Essa metamorfose.
Essa tão sonhada metamorfose
Que te transformaria
Na mais divina criatura.
Mas por ora,
És vil e nojento.
Verdadeiramente asqueroso e cheiras a podre.
És pior que morto sem cova,
Pior do que psicopata omnipotente,
Pior que larva da decomposição,
És pior do que um oceano de fezes.
Mas aí estás,
Como se nada fosse.
A brincar com a vida dos outros.
Sim és tu.
Vil traidor,
Pedaço de pus.
Tu, oh Destino
Que me arrancas o fígado todos os dias
E me atormentas por toda a minha existência,
Amo-te.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Meu lema de vida? Descobre.

Que coisa!
Uma vida de caca.
Esta minha vida...

Sempre a mesma coisa...
Esta minha vida...

Filhos duma mãe.
Outras não podiam acontecer.
Desta é demais.
Alguém me ajude?

Yah, eu sei. Mas whatever... vou na mesma

...dasse.
Sabes quando tens aquele sentimento de olhar e fantasiar com algo que pode não ser real?
Quando olhas e fantasias com o demasiado bom?
E depois começas a pensar "nah, nunca vai acontecer... mas queria tanto..." e vais, atiras-te de cabeça e cais no abismo?
E quando estás lá bem no fundo lembras-te "eu sabia que isto ia acontecer, mas fui e atirei-me na mesma...".
Pois... estou na fase do fantasiar e atirar-me de cabeça, embora saiba que vou sair de mãos vazias.
Mas não há do que me preocupar, preocupo-me quando estiver na merda.

Lê e cala-te. Sente o que escrevi e depois esquece. Aproveita o momento.

Saber o que não sei,
É estudar o desconhecido que está ao meu alcance.
Se fosse procurar algo que nunca saberei,
Então sou louco.

Louco, eu?
Sou, sou louco como os comuns
E comuns somos todos.
Sou louco como vocês.

Vocês lêm,
Mas não comentam.
Se comentassem,
Eu seria mais feliz.

A felicidade é irrelevante
Se o que procuras é o pazer,
Porque se procuras a felicidade
É porque não tens prazer

Prazer é ver sem os olhos.
Ver com o corpo, que não é físico.
Esse ser etéreo que flutua pelo todo,
Esse todo que também é o nada.

Esse nada vazio,
Opressivo aos meus sentidos.
Mas divino ao meu pensar,
Esse sentimento de amenizar.