quarta-feira, 10 de abril de 2013

Rey

Desde aquele instante.,
Num momento que a memória sufocou.
Lembro-me de me sentir fascinado,
De me sentir vidrado.
 
A tua presença bloqueou-me
Com a facilidade de Baco, ou não,
Mas moveu o meu espírito,
Moveu os meus alicerces.
 
Acreditei na beleza,
No negro do mundo,
Na capacidade de se ser respeitado,
De se ser temido.
 
Sempre que me vagueias na mente,
Eu sou mais eu,
Pois farias o mesmo por ti.
 
Sempre que estou contigo
A vida perde importância.
Não mais temo nada,
A não ser não ser eu.
 
A morte é insignificante.
A doença uma piada.
A dor um pensamento passageiro.
Tenho mais credibilidade.
 
Anseio pelos limites.
Preparo-me para a tragédia.
Atiro-me ao desconhecido.
Tornas-me livre.
 
Relembraste-me da minha essência,
Há tanto tempo esquecida,
O meu ser selvagem,
A minha existência violentamente feliz.
 
Quero mais,
Mais, mais e mais.
Nunca mais me saciei de contigo estar.
Estar contigo é ser-se insaciável.
 
Droga.
És como droga para mim.
Mesmo sóbrio,
Sóbrio deixo de estar,
Torno-me ainda melhor.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Pensar a vaguear.

Na verdade penso,
Mas digo mentira.
Portanto escrevo,
No que a língua me atraiçoa.

Poderia dizer que te amo.
"Tal é vulgarizado"
Poderia dizer que estou obsecado
"Tal é um factor negativista"
Poderia dizer que simplesmente estou apaixonado
"Tal é mentira"

Na verdade sinto,
Mas não sei como sentir,
Não sei como saber o que sentir,
Não sei ser contigo.

Quero ser capaz de me negar a crescer,
Quero negar essa responsabilidade.
Mas e agora?
Agora não me basta sentir,
Também preciso saber sentir,
Preciso de ti.

Na verdade sei,
Que se não viver
Com o teu amor,
Terei de aprender a viver,
Na saudade.


http://www.youtube.com/watch?v=z38si7BX9mA