segunda-feira, 17 de maio de 2010

Ao descer a rua vi.
La ao longe vivi,
Perto do fruto cobiçado e desejado.
Alguns disseram ser proibido.

Permitido e provido
De sonhos e de outrem.
E la estava
Para além.

A maçã do saber,
A romã das estações,
O fruto da paixão
E o florescer do ser.

Peguei, comi,
Gostei e repeti.
Retirei, mordi,
Saboreei e pedi mais.

Mordisquei carinhosamente
Mas de repente,
Ansiosamente,
Comi de rompante.

O prazer.
O final.
A recordação
Cravada no coração.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Poemas das histórias épicas. "À descoberta da personalidade"

Fui até ao poço
Procurar conhecimento,
Mal sabia eu o preço
Para tal talento.
Tentei encontrar prazer,
Mas depois descobri
O que estava a fazer
Àquele que feri.
Levantei então
A minha mão,
Expus o meu coração
Que rugiu como um trovão.
A raiva,
A tristeza.
Nada me amainava,
Nem mesmo a esperteza.
Foi então que a glória
E a entropia,
Que me trouxeram à memória
Aquilo que sentia.
Salvei-me por hoje.
Terei que esperar por amanhã,
Que a minha mente sã
Se mantenha por todo o sempre.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Poemas das histórias épicas. "Luz descendente"

Iluminado ser,
Sobre mim te encontras.
Sobre o meu querer
E contra o mal tu defrontas.

A tua aura,
O teu halo.
Que me põe de fora.
E nele me entalo.

Os teus enviados,
Numa onda de calor.
São seres alados calados.
Que descem com fervor.

Sol que te encontras no alto,
Curva-te perante ele,
Aquele que está acima do asfalto
E que se transparece na tua pele.

Aí vem sem aviso.
Sobre o meu querer.
Na sua presença eu friso.
E por ele vou arder.

A luz!
Oh sol incrédulo,
Que me seduz,
É a luz.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Poemas das histórias épicas. "Aquele que é sábio"

Quer seja mítico ou mágico.
Belo ou deslumbrante.
Antárctico ou árctico.
Excepcional ou impressionante.
A emoção e o sentimento não são iguais.
São parceiros.
São ideais.
Nunca pertencem a deuses archeiros.
Nem Vénus.
Nem Cupido.
Nem por mil infernos.
Me darei por vencido.
Vou conquistar.
Vou destruir.
Vou renovar.
E reconstruir.
Quando olhares para mim.
Verás.
Sentidos de querubim.
Nada contra mim armarás.
Não há inimigo.
Não há herói destemido.
Nem vou esperar.
Para alguém me salvar.
Fui traído.
Fui atraído.
Para a boca do perdido.
Agora tenho de ser destemido.
E o épico vai terminar.
Como uma história que deslumbra os parvos.
Vai escassear.
E mais uma vez deslumbrei os parvos.