Deixamo-nos passear erroneamente
Por essas ruas vazias e frias.
Deixamo-nos vaguear sem norte
Por memórias e sonhos inalcansáveis.
Tropeçamos mas nem vacilamos.
Choramos com o prazer.
Alimentando-nos com o dia-a-dia,
Rotina imutável.
Seguimos o que achamos ser aceite
Sem nunca nos aceitarmos,
Sem conhecer nossa própria essência.
Só o que é, existe.
Em conformidade com o todo,
Nos deixamos nesse grilhão de ignorância.
Tendo como opinião o que ouvimos falar
Sem nos lembrar de procurar.
Porque se sempre assim foi,
Porque deixaria de o ser?
Se assim é bom,
Para quê mudar?
Temos de alcançar as trevas para atingir luz.
Temos de sofrer para conhecer a felicidade.
Nada vejo mas muita dor sinto,
E tu?
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